A ideia é que o cliente possa financiar até 80% do valor de imóveis novos ou usados com prazo de até 360 meses
O presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, anunciou uma mudança no crédito imobiliário oferecido pelo banco: uma nova linha de financiamento habitacional, que vai operar contratos corrigidos pela taxa de inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Com o novo modelo, o banco cobrará o IPCA mais uma taxa fixa, que varia entre 2,95% a.a. e 4,95% a.a., dependendo da renda e do relacionamento do cliente com a CAIXA.
A novidade estará disponível a partir da próxima segunda-feira (26/8) e só vale para novos contratos. A ideia é que o cliente possa financiar até 80% do valor de imóveis novos ou usados com prazo de até 360 meses.
De acordo com Guimarães, com o novo modelo de financiamento, o valor das prestações poderá ser reduzido pela metade.
“Um imóvel de R$ 300 mil, que hoje você começa pagando R$ 3 mil, baixará, com 4,95% de taxa, de R$ 3.168 para R$ 2 mil. Se você chegar a uma taxa de 2,95%, você chega a uma redução de 51% na prestação”, explicou durante o anúncio na terça-feira (20/8).
Atualmente, os contratos são corrigidos pela Taxa Referencial (TR) mais juros, que variam entre 8,5% e 9,75%. Como a TR é igual a zero desde 2017 devido à queda da taxa Selic, na prática os juros do financiamento imobiliário ficam limitados à taxa prefixada pela CAIXA.
Se o cliente não quiser financiar o imóvel com base no IPCA, com receio de um aumento muito grande na inflação no futuro, ele poderá optar pela linha já usada.
“Vamos manter linhas atuais e vamos oferecer linha nova, com o IPCA”, assegurou Guimarães.
A previsão de economistas é de que o IPCA termine o ano em 3,71%. Já no fim de 2020, a estimativa é de que a inflação esteja em 3,90%.