Incerteza sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano permanece acima da usual
O Banco Central (BC) divulgou, nesta quinta-feira (25), a nova estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), os efeitos da pandemia do novo coronavírus motivaram a revisão da projeção, que passou de estável para retração de 6,4%. O documento ressalta que o nível de incerteza sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano permanece acima da usual.
Conforme divulgado pelo site do jornal Estadão, o único componente que ainda apresenta projeção positiva é a agropecuária. Mesmo assim, o BC modificou a estimativa de alta de 2,9% para 1,2%. Conforme aponta o relatório, no caso da indústria, a estimativa passou de -0,5% para -8,5% e, para o setor de serviços, de zero para -5,3%. Do lado da demanda, o BC reduziu a estimativa do consumo das famílias, de +0,8% para -7,4%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi mantido em +0,2%.
Já a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) é de 1,9% para este ano – no documento anterior, a estimativa era de uma inflação de 3%. Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 3,00% ao ano e dólar cotado a R$ 4,95.
Segundo o RTI, as expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 1,6%, 3,0% e 3,5%, respectivamente.
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