Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente do banco, Pedro Guimarães, falou sobre o novo produto e os investimentos no banco digital
O pagamento do auxílio emergencial abriu uma janela de oportunidades para a CAIXA, que avalia as condições para oferecer, entre outros pontos, a modalidade de microcrédito, que pode estar disponível ainda no primeiro trimestre do próximo de 2021. Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que o lançamento do novo produto pode ocorrer entre o final de fevereiro, começo de março.
“Nós temos uma expectativa que o valor médio seja ao redor de R$ 1 mil. Vai ter gente que vai pegar R$ 400, R$ 500. Mas vai ter gente que vai pegar R$ 2 mil, R$ 2,5 mil. A partir de um determinado ponto já não é mais microcrédito”, explicou Guimarães.
Outro ponto abordado na matéria foi o investimento no banco digital. O negócio que, segundo Guimarães, tem potencial para oferecer todas as operações básicas da CAIXA também deve facilitar o acesso dos clientes aos produtos da empresa.
“Agora não precisa sair de casa. E isso tudo com celular pré-pago, faz uma diferença que vocês não têm noção. Não é a mesma coisa que ter internet banking. Toda essa curva de aprendizado faz com que você tenha uma conta com zero taxa de manutenção. Ou seja, nós vamos oferecer aqui todas as operações básicas. Por exemplo: loterias. A gente vai fazer o jogo pelo Caixa Tem”, explicou.
Na avaliação de Guimarães, a experiência da CAIXA no próximo ano não deve ser afetada pelo fim do auxílio emergencial. Segundo ele, do ponto de vista de pagamento, o tipo de benefício é indiferente porque o banco já tem o cliente.
“É crédito? Aí é importante. Crédito tem de pagar de volta. Essa é uma grande diferença. Eu não posso realizar um microcrédito para alguém que não passe na análise básica de crédito, porque senão daqui a pouco quem vai precisar disso é a CAIXA”.
Com relação ao microcrédito, a CAIXA já estuda o comportamento dos clientes e a definição de quem pode ou não pagar esse empréstimo será feita com base nas informações das cerca de 120 milhões de pessoas cadastradas no banco de dados da instituição, como explicou o presidente.
“Quem puder pagar, nós vamos emprestar. Nós teremos uma linha aberta para a demanda das pessoas. Quanto as pessoas vão querer, nós vamos emprestar. Nós temos de R$ 750 bilhões de crédito e mais de R$ 200 bilhões em títulos públicos. Se eu emprestar R$ 20 bilhões, é 3% da carteira de crédito”. disse.
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