Tatiana Thomé de Oliveira participou de audiência pública, no Senado, para falar sobre os empréstimos para a Região Nordeste
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal recebeu a vice-presidente de governo da CAIXA, Tatiana Thome de Oliveira, nesta terça-feira (3), para falar sobre a concessão de empréstimos para os estados e municípios brasileiros, em especial os da Região Nordeste.
Autor do requerimento que solicitou a realização da audiência pública o senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) lembrou que a ideia do debate era saber se há alguma diretriz política na atuação da CAIXA, no que diz respeito a concessão de empréstimos para o desenvolvimento regional.
Em resposta, a servidora explicou que a empresa trabalha com o disposto na lei e afirmou que não há nenhuma conotação política nas concessões de crédito.
“Cumprindo todas as exigências estabelecidas na legislação, nós fazemos a operação independente de qual região ou partido. A CAIXA é isenta, não tem nenhum viés político”, assegurou Tatiana.
Em sua exposição, a vice-presidente de governo da CAIXA explicou os critérios do banco para a realização das operações de crédito. Segundo ela, o ente público faz o pedido de verificação de limite, que é uma análise financeira, econômica e cadastral, para saber o quanto ele pode tomar de crédito e quais são as suas garantias.
Para Tatiana, a contratação tem uma correlação muito forte com o número de pedidos feitos na instituição financeira. Ela destacou, ainda, que neste ano, a procura por crédito por parte da Região Nordeste foi pequena e apontou os números dos pedidos de financiamento protocolados na CAIXA no primeiro semestre.
“A Região Sul lidera o número de pedidos protocolados na CAIXA este ano, com 41,5%. A que tem menos é a região Norte, com 2,1% dos pedidos de verificação de limite”, apontou.
Para a senadora Eliziane Gama (CIDADANIA-MA), as exigências feitas pelo banco como a capacidade de pagamento, que é hoje um critério usado para todos os tipos de financiamento na CAIXA, prejudicam o acesso dos municípios carentes ao crédito.
“Me parece uma carga burocrática muito grande sobre essas cidades. Nós temos um problema geral no Brasil, mas com relação ao Nordeste, a situação dos municípios é muito triste, às vezes não há dinheiro para pagar um técnico para ajudar na formatação financeira, e nós estamos tratando de um banco público”, disse.
Tatiana participou da audiência pública como representante do presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, que não pôde comparecer ao evento devido ao lançamento do balanço da instituição, em São Paulo.