Entre os destaques tecnológicos, o documento aponta criação de 105 milhões de contas digitais e a inclusão bancária de 34 milhões de brasileiros
O trabalho dos empregados da CAIXA durante a pandemia foi imprescindível para os resultados do banco. Segundo o balanço divulgado na quarta-feira (25), eles atenderam 120 milhões de beneficiários de programas sociais, como o auxílio emergencial. Além disso, foram abertas 105 milhões de poupanças digitais para agilizar os pagamentos.
“Temos ao redor de oito em cada dez adultos no Brasil recebendo, durante 2020, algum benefício pago pela CAIXA”, disse o presidente do banco, Pedro Guimarães.
Conforme os dados, o banco promoveu a inclusão bancária de 34 milhões de cidadãos por meio dos pagamentos dos benefícios, que juntos somam mais de R$ 356 bilhões.
Confira os valores pagos até setembro:
- Auxílio Emergencial (R$ 261,2 bilhões pagos a 67,8 milhões de beneficiários);
- Saque Emergencial FGTS (R$ 28,5 bilhões pagos a 45,2 milhões de pessoas);
- Benefício Emergencial Bem (R$ 14,5 bilhões pagos a 4,3 milhões de pessoas);
- Antecipação do Abono Salarial do PIS (R$ 4,6 bilhões pagos a 6 milhões de pessoas).
A carteira de crédito ampla da Caixa obteve alta de 10,7% em relação ao mesmo período de 2019, além de 5,1% no trimestre, atingindo R$ 756,5 bilhões em setembro. Esse resultado positivo foi impulsionado por aumentos de 9,3% em habitação, 6,1% em saneamento e infraestrutura, 5,2% em crédito para pessoa física (total de R$ 85,7 bilhões), 32,9% no rural e 52,7% em crédito para pessoa jurídica (R$ 61,4 bilhões no total), com ênfase nas linhas para micro e pequenas empresas.
Outros resultados
A CAIXA apresentou lucro líquido de R$ 1,890 bilhão no terceiro trimestre de 2020. De acordo com o balanço divulgado na quarta-feira (25), os números mostram uma queda de 76,4% com relação ao mesmo período do ano passado. Já em comparação com o resultado do segundo trimestre de 2020 (R$ 2,6 bilhões), a queda foi de 26,1%.
Ainda segundo o balanço, a margem financeira alcançou R$ 9,9 bilhões no terceiro trimestre, o que equivale a um aumento de 2,7% se comparado ao trimestre anterior, com crescimento de 1,3% nas receitas das operações de crédito e redução de 11,4% nas despesas de captações.
Outro destaque do balanço é o retorno sobre o patrimônio líquido, um indicador da lucratividade dos bancos, que ficou em 12,7% no período entre julho e setembro, ante 12,8% no trimestre imediatamente anterior.
Além disso, a despesa com provisão de crédito para devedores duvidosos saltou 30,3% no 3º trimestre, em relação ao 2º trimestre, para R$ 3,6 bilhões, somando R$ 8,5 bilhões nos 9 primeiros meses do ano.