Durante o isolamento social, o presidente do Conselho Editorial da Revista de Direito da Advocef já promoveu diversas lives relacionadas à sua paixão pela música e, especialmente, pelos Beatles
Um enredo composto por influência do pai e de dois tios, que tem como fundo musical o som de um piano e de um violão tocando Rock In Roll. Se fosse possível descrever a relação do advogado Bruno Queiroz, de 41 anos, com a música certamente esses detalhes fariam parte da explicação.
Aos 11 anos, o filiado da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal (Advocef) ganhou um Piano do pai e aprendeu a tocar o instrumento, o que, segundo ele, contribuiu em sua formação pessoal. A primeira canção que tocou no teclado foi Asa Branca de Luiz Gonzaga. Na avaliação dele, a música envolve e desperta o interesse de quem está disposto a aprender, com muitas vantagens, dentre elas, a autoconfiança, o estímulo em relação às conexões sociais, a coordenação motora e a redução de estresse.
Ao longo de sua jornada, Bruno também aprendeu a tocar Violão e fez questão de manter o hobby como algo natural em casa, mesmo com a intensa rotina profissional de advogado e coordenador jurídico na CAIXA, professor de Direito Penal e presidente do Conselho Editorial da Revista de Direito da Advocef. Assim como recebeu o incentivo da família, ele também busca motivar a filha Maria Beatriz, de 7 anos, e o enteado Leonardo, de 13 anos, que estão aprendendo a tocar Ukulele.
“Sempre digo que o tempo é filho do desejo. Realmente não é fácil conciliar as atividades, mas no caso da música não faço nada de forma profissional. Já toquei em bandas no passado e recebi alguns convites mais recentes para voltar aos palcos, mas fica difícil conciliar, então eu prefiro me conectar com a música de forma mais suave”, conta.
O quarteto que faz parte de uma vida
Apaixonado por rock, Bruno inseriu gênero musical em momentos marcantes da vida, como festas temáticas de álbuns da banda Pink Floyd, ou como quando tocou para um público de mil pessoas na abertura da Semana Científica da Unichristus, em 2018, em parceria com outro colega professor. O repertório especial estava repleto de músicas dos Beatles, quarteto que marca outros momentos especiais de sua história.
“No meu casamento toquei ‘Hey Jude’ com um piano no meio do salão de festas e todos os convidados cantaram com plaquinhas o trecho ‘na na na’. Foi um momento bem legal. O aniversário de um ano da minha filha também é outro destaque! Foi com o tema Beatles Yellow Submarine e tinha uma banda tocando músicas do quarteto”, lembra.
O advogado, que sempre foi acostumado a reunir amigos para tocar se viu diante de uma nova oportunidade de levar o som dos Beatles mais longe, mesmo diante do isolamento social imposto pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, ele promove lives em parceria com o pianista Felipe Adjafre para tocar canções da banda ao som do piano, iniciativa muito elogiada e com uma audiência bem acima do esperado. O sucesso o motivou a promover outras duas transmissões sobre o Rock Brasil anos 80, que também foram muito prestigiadas.
“A fórmula do sucesso foi que tocávamos as músicas e depois explicávamos a história de cada uma das canções e isso despertou muita curiosidade nas pessoas. Na primeira live interpretamos Yesterday, Something, Michelle, Let It Be, Hey Jude, Magical Mystery Tour, Eleanor Rigby e While My Guitar Gently Weeps. Cada um no seu estúdio em respeito às normas de isolamento social”, conta.
O amante do rock internacional não esquece da riqueza e diversidade da música brasileira. Para ele, o Brasil é privilegiado em matéria musical, basta pensar em Tom Jobim, Vinícius, Djavan, Rita Lee, Cartola, Gonzaguinha, Elis Regina, Cazuza e muitos outros.
“Quando penso em música genuinamente brasileira acho que a bossa nova é nosso maior legado. Somente lamento que outros estilos musicais para além do Sertanejo não tenham o espaço devido. Uma das principais marcas da nossa música é a diversidade, e, quando o mercado vira suas atenções quase que unicamente a um estilo, quem perde é o público”, afirma.
Parafraseando Friedrich Nietzsche, ele diz que “sem a música, a vida seria um erro” e incentiva quem pensa em se aventurar, mas, que por algum receio, ainda não colocou o objetivo em prática.
“Não existe tempo ruim para aprender tocar um instrumento musical e, como já foi dito, no aspecto emocional e da autoestima, a atividade musical também ajuda muito”, comenta.
Viagem musical
Sempre que viaja, o advogado procurar fazer o link do roteiro com a paixão por música. Ele conta que até na hospedagem eu procuro detalhes, como se o hotel em que pretende se hospedar tem um piano no bar para tocar, além de tentar conciliar o período da viagem com a programação de shows e espetáculos musicais do local. Foi assim quando ele viajou para Liverpool, na Inglaterra.
“Fiquei hospedado no Hard Days Night, Hotel temático dos Beatles, localizado no Beatles Quarter, exatamente ao lado do Cavern Club. A inspiração é vista e sentida em todos os detalhes do Hotel. Nas paredes, sempre há vários quadros relacionados aos Beatles. No ambiente, sempre há música dos Beatles tocando. O quarto também é totalmente decorado com o tema Beatles. Depois de realizar o check-in, ao entrar no seu quarto, estará tocando uma música dos Beatles. Na parede, sempre há um belo quadro da banda. Lounge Bar com drinks temáticos, especialmente com as letras das músicas do quarteto. Os vinhos do restaurante possuem garrafas com caricaturas dos Beatles. Restaurante com cardápio temático do Quarteto de Liverpool. Também ganhei ingressos para o show da melhor Banda Cover dos Beatles da Inglaterra no Cavern Club, praticamente uma extensão desse maravilhoso Hotel. Sem dúvida, foi uma das melhores viagens que fiz”, completa.