CAIXA deve reestruturar setor e oferecer taxas de juros abaixo de 2% ao mês
A CAIXA quer alcançar a marca de 20 milhões de clientes na área de microcrédito com a reestruturação do setor. A ideia é oferecer taxas de juros de menos de 2% ao mês no Caixa Crescer, total que poderia ser rentabilizado com a oferta de outros produtos, de acordo com o presidente do banco, Pedro Guimarães.
Durante um evento do Crédit Suisse, em São Paulo, o CEO avaliou que a Caixa Crescer precisa melhorar a atuação, e admitiu a busca por parcerias para fomentar o microcrédito.
De acordo com informações do site Valor Econômico, o modelo de microcrédito que o executivo acredita é parecido com o “crédito amigo”, oferecido pelo Banco do Nordeste. Nele, um grupo de pessoas se reúne para tomar o empréstimo, mas todos garantem a operação, em caso de calote de um dos participantes. Uma taxa de juro de 2% ao mês, segundo Guimarães, seria alta para a operação.
“Não podemos olhar o crédito pelo crédito, porque se faz junto um microsseguro, a rentabilidade do banco é muito maior”, afirmou o executivo. Em dez anos, essa operação poderia alcançar 20 milhões de pessoas, segundo disse Guimarães.
Se a Selic subir, a taxa de juros da CAIXA também sobe
Ainda durante o evento em São Paulo, Guimarães afirmou que a política de redução nas taxas de juros adotada pelo banco só deve durar até que a economia volte a acelerar.
“Se a economia der soluço, vou aumentar a taxa. Se aumentar a Selic, não vou manter as mesmas taxas”, disse.
Para o presidente da CAIXA, a solução para oferecer um crédito mais justo ao consumidor é encontrar formas de atrair mais clientes. Dessa maneira, defende, o banco ganharia pelo grande volume de contratos, mesmo que haja uma margem menor de rendimento nos juros.