“Escrever faz parte de mim. É o meu eu”. É assim que a associada Elga Lustosa resume a paixão pela escrita, hábito que a acompanha desde criança e deu origem à sua primeira obra: “Casa de taipa” – um romance regionalista com histórias de mulheres do sertão do Piauí, publicado pela Editora Penalux.
O amor pela escrita corre nas veias. O avô de Elga era escritor e tinha um jeito peculiar de transportar sua imaginação para as páginas até então em branco, com bom humor e criatividade, o que inspirou o gosto de toda família por histórias de todo tipo, verídicas ou fictícias, mas sempre contadas de forma irreverente. “Eu morei um tempo no Piauí, me formei lá, e tive uma certa proximidade com algumas dificuldades que as mulheres passavam na vida delas e quis escrever sobre. Foi uma história que fluiu muito bem, com todas as narrativas”, conta.
A advogada da GEJUC-DF decidiu encaminhar esses contos à Editora Penalux, que investe em publicações de novos autores, porém, ela não esperava que a resposta viesse tão rápido. “Com poucos dias que eu havia enviado o original, ela [a editora] respondeu aprovando a história, e foi uma grande alegria. Agora o livro está em pré-venda e o lançamento nacional será em 22 de setembro”, explica.
O romance regionalista retrata o desenrolar da vida e destino das mulheres e meninas do sertão. Em razão de sua vivência, Elga conta as histórias de forma íntima e realista, capaz de levar o leitor a questionar, entre outros pontos, a condição social na qual se encontram as personagens. No início, a ideia era contar apenas uma história, porém, a narrativa foi se entrelaçando e surgiram outras personagens, cada uma com uma história importante. “Por isso que a obra se chama ‘Casa de taipa’, porque em cada residência onde vivem aquelas pessoas têm uma história que precisa ser escutada. Muitas vezes um retrato de violência contra a mulher, que fica no âmbito interno da residência e a gente não tem noção do que acontece”, ressalta.
Para Elga, escrever é muito além de um hobby. “É uma forma de me situar no mundo, de falar, é uma válvula de escape também do trabalho, que tem suas peculiaridades. Eu descanso escrevendo. Eu não tenho um plano de virar escritora, eu me sinto escritora, escrevo desde criança, é da minha personalidade. Mesmo que eu não leve adiante, faz parte de mim é o meu eu”, explica.
A associada faz questão de motivar outras mulheres que escrevem e pensam em publicar suas obras. “São anos e anos lendo os clássicos, muitas histórias contadas por homens, e acho que agora está aberta essa possibilidade para a escrita feminina, esse olhar feminino. Quem tiver essa pretensão abrace com todas as forças, como eu fiz e foi uma surpresa muito boa pra mim, uma alegria muito grande”, encoraja.
“Casa de taipa”, de Elga Lustosa, está disponível em pré-venda no site da Editora Penalux. O lançamento nacional será em 22 de setembro e a obra ficará disponível para compra em marketplaces como Amazon e Americanas.