As investigações tiveram início após denúncias de beneficiários que deram falta do dinheiro na conta quando foram receber o valor
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Terceira Parcela, que investiga desvios nos recursos do auxílio emergencial. Segundo a corporação, cerca de 20 mil pessoas foram prejudicadas pelos criminosos, e o valor desviado chega a R$ 15 milhões nesta fase da operação.
Como informou a PF, as investigações tiveram início após denúncias de beneficiários que deram falta do dinheiro na conta quando foram receber o valor. A suspeita é que criminosos usavam recursos do auxílio emergencial de pessoas que não tinham solicitado a ajuda e usavam os valores para o pagamento de boletos.
“Através dessas denúncias foi criado um grupo de inteligência para investigar os alvos com o apoio do Ministério da Cidadania, a CAIXA, o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse o superintendente regional substituto da PF em Minas, Marcelo Rezende, em entrevista coletiva.
A investigação começou a partir de reclamações feitas na CAIXA e o cruzamento de dados com o núcleo de inteligência da PF. Cerca de 50 pessoas são investigadas em Minas Gerais por participação nas fraudes, sendo 20 na Região Metropolitana. A ação busca provas da atuação de fraudadores e durante o dia foram cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em 39 cidades do estado, além de mais sete mandados nos estados da Paraíba, Tocantins e Bahia. Ninguém foi preso.
“Nesta primeira etapa da investigação, são alvos os beneficiários de pagamento de contas com valores obtidos com o desvio de auxílios emergenciais. O objetivo da operação é desestruturar ações que causam prejuízo ao programa assistencial e, por consequência, atingem a parcela da população que necessita desses valores”, informou a PF.