Atualmente a estatal usa verba para financiar projetos de infraestrutura e habitação em todo o país, em geral com taxas abaixo das cobradas no mercado
A CAIXA está prestes a perder a exclusividade na administração dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por conta de um projeto de lei em discussão no Congresso Nacional.
Atualmente o banco cobra 1% para gerenciar os cerca de R$ 550 bilhões do Fundo de Garantia, que é usado para financiar projetos de saneamento básico, infraestrutura e habitação em todo o país, em geral com taxas abaixo das cobradas no mercado.
A ideia do texto em discussão é que esse recurso também possa ser operado por bancos privados, que terão acesso direto às verbas do FGTS para aplicar os recursos.
Na tentativa de manter a operação do FGTS na CAIXA, a instituição pretende apresentar uma proposta de redução do percentual recebido pela operação.
“A Caixa está estudando neste momento potenciais reduções na taxa de gestão. Já temos um número e há tranquilidade para ter essa redução”, disse o presidente do banco, Pedro Guimarães, em entrevista sobre a liberação dos saques do FGTS.
O anúncio oficial da redução, porém, só deve ser feito após a diretoria da CAIXA ter o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Novas formas de aplicação do FGTS
O relator da proposta que retira o FGTS da CAIXA, deputado Hugo Mota (Republicanos-PB), quer que os recursos do Fundo sejam aplicados em outros fundos de investimentos e no mercado de capitais, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O parecer dele seria lido na Comissão Especial que analisa a matéria, no último dia 8, mas a reunião foi cancelada.
Questionado sobre a pretensão do deputado, Pedro Guimarães se limitou a dizer que “a CAIXA não irá se envolver no assunto”. Para ele, esta é uma decisão do Congresso Nacional.
De acordo com o site do Senado Federal, ainda não há data marcada para a deliberação da proposta.