Na última sexta-feira (4) foi realizada uma reunião virtual com a participação das Entidades representativas dos Empregados, Aposentados e Pensionistas da CAIXA, participantes da FUNCEF e a nova diretoria da FUNCEF. Estiveram presentes os Presidentes das seguintes entidades: FENACEF, FENAG, ANIPA, ADVOCEF, AUDICAIXA, UNEICEF, ANEAC, SINPREV e APCEF/PR.
O objetivo do encontro foi dar boas-vindas à diretoria recém-empossada, apresentação das entidades aos novos diretores, além do estabelecimento de um canal de relacionamento direto e organizado. Na ocasião, foram externadas ao Presidente da FUNCEF a preocupação com os rumos da Fundação e a necessidade de obter esclarecimentos sobre várias questões que são importantíssimas para todos nós, entre elas, Invepar, Vale, Contencioso, Clima Organizacional Estatuto da FUNCEF e eleições.
A reunião contou com a presença do presidente da FUNCEF, Gilson Costa de Santana, do diretor de Investimentos (DIRIN), Samuel Crespi, do diretor de Participações Societárias (DIPAR), Almir Alves Júnior. O Presidente da Fenag, Mairton, iniciou a reunião informando da satisfação de ter na presidência da FUNCEF e diretoria colegas empregados da CAIXA, que também são participantes da fundação e que por este motivo todos ali presentes acreditavam no fortalecimento e novos rumos para a FUNCEF.
O presidente da FUNCEF, Gilson, por sua vez, ao tomar a palavra, agradeceu o convite para participar da reunião e externou sua intenção de trabalhar de portas abertas para participantes e representantes das entidades, disse ainda que deseja estabelecer metas para a FUNCEF, com objetivo de chegar em 2022 com o um bom resultado e com patrimônio de R$ 100 bilhões.
Gilson reconheceu a necessidade de melhorar a comunicação e transparência da FUNCEF e que envidará esforços para construir um diálogo aberto com as entidades representativas participantes, sem distinção entre diretores eleitos ou indicados.
Também foi enfático ao afirmar que os problemas serão encarados com “olhar de dono” e com a tempestividade necessária para que sejam revistos, analisados e atacados buscando uma solução eficaz.
A seguir, resumo dos assuntos relativos a:
Ações da INVEPAR
Indagado sobre a posição da FUNCEF em relação à INVEPAR, o presidente Gilson demonstrou grande preocupação e considerou que colocar o investimento em recuperação judicial seria permitir que este ativo virasse pó, realizando prejuízo e expondo a Fundação como credora.
Foi entregue pelas entidades documento específico sobre este assunto, com questões amplamente divulgadas nas mídias, relativas a diversos aspectos que causam inquietações a todos nós. Na oportunidade foi assegurada pela FUNCEF resposta aos questionamentos nospróximos dias.
Foi solicitado ainda que presidente da FUNCEF divulgue o plano para a recuperação deste ativo de forma clara e transparente.
Ações da Vale
Segundo Gilson, a decisão de venda vinha sendo estudada há muito tempo e, de acordo com as análises dos especialistas da FUNCEF, este foi considerado um bom momento. Ressaltou que é elementar a venda quando as ações estão em alta, pois assim realizam lucro.
Pontuou dos riscos de baixa, citando como exemplo as ocorrências de Mariana e Brumadinho, que trouxeram significativos reflexos negativos nos papéis.
O presidente comentou que estudam a realocação destes ativos entre os planos, buscando melhor equilíbrio na exposição, como uma das soluções para mitigar riscos e para enquadrar o ativo dentro dos limites estabelecidos em lei, salientando que a FUNCEF está extrapolando o limite de aplicação no setor de mineração.
Quanto à realocação dos investimentos, informou que todas as áreas técnicas aprovaram o desinvestimento e os novos investimentos e que há um rígido controle do que entra e sai de investimentos.
Informou, ainda, que os novos ativos estão sendo vendidos de modo a não fazer movimentos bruscos, que possam impactar nas cotações no mercado.
Questionamentos sobre este assunto também constaram do documento entregue à diretoria da FUNCEF, os quais serão respondidos nos próximos dias.
Clima Organizacional
Sobre este tema o presidente ressaltou a importância de que deve existir “um único time” e que gestores e colaboradores devem agir, no exercício de suas responsabilidades, “como donos da fundação”, com intuito de buscar melhores resultados e que ele, em particular, vai atuar dessa forma para dar o exemplo.
Ratificou a visão de uma diretoria unida a favor da Fundação, com premissa de um único foco, independentemente da condição de indicados ou eleitos.
Contencioso
O presidente defende uma política de conciliação em relação ao Contencioso, enfatizando que decisões judiciais devem ser cumpridas e que deverá analisar questões relacionadas a eventuais ações de regresso contra a patrocinadora.
Ressaltou que a melhor ideia é o caminho da conciliação, deu como exemplo a ação das Mulheres Pré 79, já em fase de embargos judiciais. Segundo seu entendimento, deve ser implementado um procedimento que gere menos ônus à Fundação, sendo que, tal procedimento passa pela conciliação.
Estatuto
Gilson Santana informou que o Estatuto em vigor é o aprovado em 2007, já que uma decisão judicial impediu a aplicação do recentemente aprovado. Sobre as alterações promovidas, informou que estas obedeceram às previsões estabelecidas na legislação.
Eleições
Representantes das entidades enfatizaram a necessidade de se rever o edital e o regulamento do processo eleitoral em curso, devido a existência de duas questões importantes que se sobrepõem ao interesse dos participantes e assistidos: o conflito de interesses e a quebra da paridade, esta decorrente da exoneração inesperada dos conselheiros eleitos. Sobre este assunto, o presidente da FUNCEF informou que a responsabilidade decisória é competência do CD.
Os representantes das entidades reiteraram que, apesar de terem realizado um esforço conciliatório junto à presidência do Conselho Deliberativo, não foram atendidos em suas ponderações e reivindicações. O tema é muito caro às entidades representativas, participantes e assistidos e deverá ser encaminhado a todas as instâncias de solução possíveis.
As entidades consideraram a reunião produtiva e que as perspectivas de gestão mais transparente, de informação mais tempestiva e diálogo mais constante disponível a todos poderá levar a Fundação ao sonhado equilíbrio, com o fim dos equacionamentos. Ao final, construiu-se agenda de reuniões periódicas entre as entidades e FUNCEF, sendo a próxima marcada para o início de agosto/21.
Brasília, 7 de junho de 2021.