Com a proposta, a CAIXA pode receber o valor dos subsídios ao longo dos contratos, que podem durar até 30 anos. Financiamentos do banco público são concedidos com juros abaixo do que é praticado no mercado
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) tenta negociar com a CAIXA a diluição do pagamento dos subsídios a duas faixas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) ao longo do prazo dos contratos, que podem durar até 30 anos.
De acordo com o Estadão/Broadcast, o banco público é resistente à proposta pois o caixa da instituição está pressionado pelas medidas de socorro à população e aos micro e pequenos empresários adotadas durante a crise. Entre as ações estão as pausas de até 120 dias no pagamento de financiamentos, inclusive imobiliários, concedidas a clientes.
O MDR também encontra dificuldades em convencer a equipe econômica a reduzir as taxas de juros praticadas nesses financiamentos. Como mostra a reportagem, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é contra porque a cobrança de um juro menor afetará a rentabilidade do fundo, que também está com o caixa sobrecarregado pelas ações de socorro durante a pandemia.
Os financiamentos das faixas 1, 5 e 2 do MCMV, que contemplam respectivamente famílias com renda até R$ 2,6 mil e R$ 4 mil, são concedidos com juros subsidiados, ou seja, abaixo do praticado pelo mercado. Essa subvenção é bancada pelo FGTS. Dos R$ 9 bilhões previstos este ano para os subsídios do MCMV, cerca de R$ 6 bilhões serão repassados ao banco em forma de subvenção.
Os defensores da mudança proposta pelo governo acreditam que o banco deveria receber os valores da subvenção no mesmo ritmo do vencimento das parcelas, ao longo do contrato. Atualmente a CAIXA recebe à vista o valor do subsídio.
Ainda de acordo com o jornal, o impasse acabou travando as negociações do novo programa habitacional, chamado provisoriamente de Casa Verde Amarela. A ideia era lançar o programa no fim de junho, porém o governo não conseguiu concluir a proposta.
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