A segunda sessão do dia também contou com palestra sobre saúde mental dos advogados, ministrada pela advogada Sandra Krieger
A segunda sessão desta sexta-feira (7) contou com duas palestras voltadas para a importância das empresas estatais e a saúde mental. Nos dois momentos os participantes do Congresso tiraram dúvidas com os palestrantes e comentaram sobre os temas tratados.
A primeira palestra teve como tema “A Importância das Empresas Estatais no Crescimento Sustentável do Brasil” e foi ministrada pelo auditor Rodrigo Vieira de Ávila. Ele iniciou a fala destacando que hoje, os bancos públicos, desempenham não apenas o papel de gerar lucro, mas também de criar ações sociais em prol da sociedade civil.
Ávila destacou ainda que as empresas estatais são responsáveis pelo bom funcionamento de serviços essenciais como água, esgoto e energia elétrica. Dessa forma, a privatização de empresas estatais afetaria diretamente na qualidade de vida da população brasileira.
“Hoje as empresas estatais exercem a função que nenhuma outra empresa privada consegue. Privatizá-las seria tirar direitos essenciais aos brasileiros, além de que a privatização de todas as empresas estatais não custearia nem os juros atuais da dívida pública”, ressalta o palestrante.
Ao final da palestra, Ávila destacou que o gasto em áreas sociais realizado pelas empresas estatais não gera uma dívida significante que dê motivos para a privatização, visto que as empresas estatais têm como prerrogativa não somente buscar lucro mas também o desenvolvimento sustentável do Brasil.
A segunda palestra do dia teve como foco a saúde do advogado. A palestrante Sandra Krieger falou um breve resumo sobre o que é, de fato, ter saúde e como o estresse e a ansiedade afetam de forma negativa na vida de homens e mulheres.
“Alguns estigmas caem sobre os homens, como o fato não poder chorar, não demonstrar sentimentos e ser o provedor da casa. Já as mulheres lidam com o fato de receber salários menores mesmo desempenhando os mesmos cargos de homens e ter dupla jornada de trabalho com a profissão escolhida e em casa”, destaca Krieger.
Indo mais a fundo no tema, Sandra Krieger trouxe pontos essenciais de um estudo da Sachs-Ericsson sobre o sofrimento psíquico e transtorno mental. Nele, a pesquisa conclui que não existem diferenças significativas de gênero na perturbação psiquiátrica de homens e mulheres. A grande distinção fica por conta de quais transtornos são mais comuns em homens e em mulheres. O abuso de drogas ilícitas e álcool é predominantemente feito por homens, enquanto que pelas mulheres, as taxas mais elevadas são em depressão, ansiedade generalizada e pânico.
Ela apontou ainda o quanto a pressão no trabalho afeta a saúde mental dos advogados, que, muitas vezes, lidam diariamente com situações de tensão no trabalho. Finalizando o discurso, Krieger apontou a necessidade de melhoria das condições trabalhistas dos advogados.
“Um ambiente de trabalho saudável propicia aos profissionais da advocacia ferramentas para lutar contra esses transtornos mentais. Deve-se zelar e procurar entender os reais motivos que levam os nossos advogados a terem depressão e outras doenças psíquicas”, completa Krieger.
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