Em audiência pública, presidente do banco confirmou, porém, que existem discussões sobre abertura de capital do banco
O presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para falar sobre temas referentes ao banco, na terça-feira (1). No encontro, ele respondeu questionamentos acerca das medidas adotadas na gestão, que segundo alguns deputados, coloca em risco a manutenção do banco como uma empresa 100% pública.
Autora do requerimento para realização do debate na Comissão de Trabalho, a deputada Erika Kokay (PTF-DF) ressaltou, entre outros pontos, a importância do executivo esclarecer, por exemplo, a informação de que o Governo Federal pretende tirar a exclusividade da CAIXA na gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a privatização das loterias do banco.
O CEO da estatal confirmou a existência de discussões sobre a abertura de capital da CAIXA, e disse que o banco iniciou estudos para migrar a operação da CAIXA Loterias, subsidiária da empresa, uma vez que a medida não necessita de um projeto de lei para ocorrer.
“Qualquer discussão de abertura de capital precisa de lei, porém, esse é outro assunto. Ninguém vai fazer algo contra a CAIXA, vai ter conversa e pode ser que se aceite ou não. A gente vai sim colocar numa empresa, mas só vai haver abertura de capital com aprovação legal.”, disse o presidente do banco.
Desde a década de 60, quando assumiu a gestão dos jogos lotéricos no Brasil, a CAIXA repassa ao Governo Federal parte da arrecadação com as apostas para os beneficiários legais. Esses valores são redistribuídos para investimento no país em áreas como saúde, educação, segurança, esportes, entre outros.
Ainda de acordo com o Pedro Guimarães, não há indicação por parte do ministro da Economia, Paulo Guedes, de a CAIXA deixar a gestão do FGTS. Além disso, segundo ele, Guedes teria afirmado que a privatização da empresa pública não está na agenda do Governo