Política e liberdade de expressão também são assuntos abordados nas obras sugeridas pelo advogado Antonio Dilson
O projeto Na Estante conta com a participação dos associados da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal (Advocef) na indicação de livros, filmes e demais produtos culturais.
Dessa vez, as dicas de leitura partiram do advogado Antonio Dilson Pereira, de Curitiba (PR). Ele sugere três obras com conteúdos para fazer os leitores refletirem acerca de política, democracia e liberdade de expressão.
Para contribuir com o projeto Na Estante, basta enviar sua indicação cultural para o e-mail comunicacao@advocef.org.br. A divulgação ocorrerá de maneira gradativa, no site e nas redes sociais da Advocef.
Confira as dicas da semana:
1984, de George Orwell
O livro é considerado um clássico moderno. Ele questiona, de diversas formas e em vários momentos, os excessos delirantes do poder. Além disso, embora tenha sido publicado em 1949, mostra-se muito atual ao tratar de questões atemporais, que atingem todos que o leem, independentemente da idade, sexo, cor ou classe social. É por esses motivos, dentre outros, que “1984” é tido como um livro indispensável para o entendimento da história moderna e é altamente recomendado para empresários, funcionários de diferentes segmentos e universitários de diversos cursos. O livro não é só uma crítica ao totalitarismo, mas também um alerta sobre o nível de submissão dos indivíduos.
Autor: George Owrell
Editora: Companhia das Letras
Número de páginas: 416
Como as Democracias Morrem
Uma análise crua e perturbadora do fim das democracias em todo o mundo Democracias tradicionais entram em colapso? Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem ao discutir o modo como a eleição de Donald Trump se tornou possível. Para isso comparam o caso de Trump com exemplos históricos de rompimento da democracia nos últimos cem anos: da ascensão de Hitler e Mussolini nos anos 1930 à atual onda populista de extrema-direita na Europa, passando pelas ditaduras militares da América Latina dos anos 1970.
E alertam: a democracia atualmente não termina com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar; agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas – como o judiciário e a imprensa – e a erosão gradual de normas políticas de longa data. Sucesso de público e de crítica nos Estados Unidos e na Europa, esta é uma obra fundamental para o momento conturbado que vivemos no Brasil e em boa parte do mundo e um guia indispensável para manter e recuperar democracias ameaçadas.
Autores: Steven Levitsky, Daniel Ziblatt
Editora: Zahar
Número de páginas: 272
Chatô, o rei do Brasil, de Fernando Morais
Depois de vender mais de meio milhão de exemplares de seus livros A ilha e Olga, no Brasil e em mais de quinze países, Fernando Morais volta às livrarias com Chatô, o rei do Brasil – a história da vida vertiginosa de um dos brasileiros mais poderosos e controvertidos deste século. Dono de um império de quase cem jornais, revistas, estações de rádio e televisão – os Diários Associados – e fundador do MASP, Assis Chateaubriand, ou apenas Chatô, sempre atuou na política, nos negócios e nas artes como se fosse um cidadão acima do bem e do mal. Mais temido do que amado, sua complexa e muitas vezes divertida trajetória está associada de modo indissolúvel à vida cultural e política do país entre as décadas de 1910 e 1960, magistralmente recriada neste Chatô, o rei do Brasil.