Texto permite a privatização do setor de cartões e outras áreas consideradas pelo governo como não estratégicas para o banco
Uma Medida Provisória (MP 955) editada pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira (7) permite que a CAIXA venda o setor de cartões e outras empresas subsidiárias consideradas pelo governo como não estratégicas para a estatal. A CAIXA é o único banco que pertence 100% ao governo federal e é responsável por administrar a maioria dos programas sociais, como o auxílio emergencial contra o coronavírus. A informação é do jornal Metrópoles.
A MP 955 permite a “reestruturação” societária dessas empresas e as autoriza a “constituir outras subsidiárias, inclusive pela incorporação de ações de outras sociedades empresariais”. Além disso, o texto deixa claro que seu fim são “ações de desinvestimentos de ativos da Caixa Econômica Federal e de suas subsidiárias”.
Segundo uma nota conjunta do Ministério da Economia e do banco público, o texto da MP 955 é o primeiro passo para um programa de alienação de ativos e Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, na sigla em inglês). Caso seja aprovada pelo Congresso Nacional, essa autorização deve valer até 31 de dezembro de 2021, prazo que o governo considera suficiente para privatizar as subsidiárias.
Na mira das vendas
A diretoria do banco tem avançado com os planos para os desinvestimentos no banco. Em fevereiro deste ano foi protocolado o pedido de abertura de capital da Caixa Seguridade na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, o processo foi pausado em razão da pandemia de coronavírus.
Outras áreas do banco também estão na mira da gestão, como a área de cartões, as Lotéricas e o setor de gestão de recursos (Caixa Asset Management). Os lucros gerados por essas empresas subsidiárias contribuem para que a CAIXA se mantenha rentável e cumpra seu papel social em prol da população e do desenvolvimento do Brasil.
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