Modalidade estudada também por instituições privadas depende de regulamentação específica
Após o lançamento da nova linha de financiamento corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a CAIXA estuda oferecer, também, o crédito imobiliário com taxas pré-fixadas. Porém, a medida pode demorar para entrar em vigor.
É que a proposta, analisada também por alguns bancos privados, depende de uma regulamentação específica quanto a repactuação dos contratos ao longo da vida do financiamento.
Mesmo assim, o presidente do banco, Pedro Guimarães, espera que a CAIXA tenha crédito imobiliário sem correção em sua prateleira dentro de, no máximo, dois anos. Segundo ele, a securitização da carteira de crédito imobiliário com IPCA será um termômetro para avançar para uma linha sem correção.
“Vamos testar o apetite de duração, se de dois, dez, 12 anos. Se for de 12 anos, poderemos avançar e lançar o financiamento imobiliário sem correção mais rapidamente”, disse ele.
Crédito imobiliário corrigido pelo IPCA
A nova linha de crédito imobiliário da CAIXA fez com que bancos privados começassem a estudar a adoção da medida. Diferente do banco público, Itaú Unibanco e Bradesco miram nos clientes com média e alta renda, que possam quitar o financiamento diante de um eventual repique da inflação.
Porém, os prazos dos financiamentos com base no IPCA, que podem ser oferecidos pelas instituições, tendem a ser curtos. O Bradesco, por exemplo, quer trabalhar com uma média entre cinco e dez anos.
Desde que a nova modalidade passou a ser oferecida, a CAIXA já emprestou cerca de R$ 200 milhões e tem outros R$ 600 milhões encaminhados para contratação, o que corresponde a 20% dos financiamentos feitos pela empresa.
Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, as demandas são para a compra de imóveis com valor entre R$ 250 mil e R$ 300 mil.
“É o perfil da Caixa. A redução da mensalidade de 30% a 40% tem impacto muito grande justamente naquela população do faixa 4 do Minha Casa Minha Vida”, afirmou Guimarães.
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