Ideia ganhou força com uma Medida Provisória (MP) que a reduz as taxas de administração dos fundos constitucionais
A CAIXA pretende ampliar a participação no setor rural e, recentemente, anunciou a abertura de 21 agências especializadas no assunto. O banco também demonstrou interesse pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que acumula um patrimônio de R$ 35,6 bilhões e, atualmente, é administrado Banco do Brasil (BB).
Essa ideia ganhou força com uma Medida Provisória (MP) que a reduz as taxas de administração dos fundos constitucionais, incluindo não só o FCO, mas também mecanismos de financiamento semelhantes para o Nordeste (FNE) e o Norte (FNO).
A MP corta a remuneração dos bancos de 2,1% sobre o patrimônio líquido dos fundos para 1% em julho deste ano e depois, gradativamente, até atingir 0,5% em 2026.
O texto reduz as taxas de juros máximas cobradas pelos bancos nas operações de crédito com recursos dos fundos, que variavam entre 6% e 3% ao ano, de acordo com o risco. Os novos percentuais ficaram entre 5,5% e 2,75% para micro e pequenas empresas.
A CAIXA defende que a quebra do monopólio poderia levar a taxas menores. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), responsável pelas diretrizes dos fundos, vê espaço para mais empréstimos, caso a cobrança bancária seja menor.
A taxa de administração de 0,5% proposta pela MP é a mesma cobrada pela CAIXA para gerir o FGTS. Segundo o jornal, nos bastidores, o plano da instituição é que, se não for possível tomar o monopólio do BB, o banco consiga obter uma fatia deste filão.
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