Corte nos gastos está sendo feito com a devolução de prédios corporativos. Presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, quer somente 70 edifícios até março de 2021
A CAIXA pode cortar o bônus sobre o desempenho de 2021 de diretores e vice-presidentes do banco. Conforme aponta a coluna Broadcast, do Estadão, o pagamento do benefício, de no máximo seis salários, dependerá do quão efetiva for a tesoura de gastos ao longo do próximo exercício. A meta da atual gestão, é diminuir as despesas em cerca de R$ 1 bilhão, corte que virá, principalmente, da saída e entrega de mais de 100 prédios próprios e alugados.
“O bônus de 2021 só virá para vice-presidentes e diretores se, dentre outras coisas, houver a devolução de prédios”, diz uma fonte que conhece a estrutura do banco e aceitou falar em condição de anonimato.
Essa redução nos gastos não tem ocorrido com o fechamento de agências, como têm feito bancos privados, mas por meio da devolução de prédios corporativos. O banco já fechou entre 50 e 60 prédios físicos. A ideia é ampliar esse número. Atualmente, há ainda 178. A orientação do presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, é ficar com 70 edifícios até março do ano que vem.
Como consequência, dentre as novas metas que devem constar no programa de remuneração variável de 2021 – para pagamento no ano seguinte -, conforme apurou o Broadcast, está a redução de aproximadamente R$ 1 bilhão em despesas operacionais. “Devolver os prédios é importante, ainda mais com o home office que será adotado por todos, parcialmente, após a pandemia”, diz uma fonte, próxima ao banco público.
Enquanto os resultados do plano de corte de gastos não aparecem, a CAIXA está remanejando funcionários de sua matriz e filiais, em Brasília, para a rede de agências, em meio à redução de sua estrutura. Estima-se que esse movimento gire ao redor de 500 funcionários, sem função gerencial, conta uma fonte.
Na linha de corte de gastos, o banco público também está próximo de concluir um novo programa de demissão voluntária (PDV). Até o momento, cerca de 2,2 mil pessoas já aderiram. O prazo para interessados termina na semana que vem. Ao fim de setembro, o banco contava com 92.174 colaboradores, redução de quase 3,9 mil pessoas em um ano. Do total, 84.290 são funcionários CAIXA, enquanto os demais são estagiários e aprendizes.
A íntegra da matéria do Broadcast está disponível no site do Estadão. Clique aqui e acesse o conteúdo