Empresa pretende fazer IPO do negócio em 2021
A oferta pública de ações (IPO na sigla em inglês) do banco digital da CAIXA pode ocorrer em 2021. Em entrevista à Reuters, o presidente da estatal, Pedro Guimarães, disse que avalia fazer a listagem do negócio no exterior.
“Recebi convites para listar fora do Brasil e acho também possível fazer uma dupla listagem.”
Conforme aponta a matéria, os comentários surgem após o presidente Jair Bolsonaro ter assinado projeto tornando permanentes as contas digitais criadas para pagamento do auxílio emergencial e que agora poderá ser ampliada para o pagamento de outros benefícios sociais.
Na avaliação de Guimarães cerca de 35 milhões a 40 milhões de pessoas devem se tornar clientes permanentes do banco digital, incluindo beneficiários do Minha Casa Minha Vida, do Bolsa Família e empresas que recebem recursos por meio do Pronampe. Além disso, as contas serão integradas ao sistema de pagamentos instantâneos PIX e por meio dela poderão ser contratados produtos como microcrédito e microsseguros, disse ele.
Como aponta a matéria, a CAIXA planeja capitalizar o banco digital e depois vender uma parcela de cerca de 15% do negócio, hoje conhecido como Caixa Tem, por meio do IPO. O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia sinalizado na semana passada que o governo planeja abrir o capital do Caixa Tem.
“Temos a vantagem de ter 25 mil pontos de venda, que são as lotéricas, para dar apoio a uma população desbancarizada, o que nenhum outro banco digital tem no país”, argumentou Guimarães, citando populações de mais baixa renda em regiões mais distantes dos grandes centros e com menor acesso à tecnologia.
A estratégia seria uma forma da CAIXA também reduzir custos de atendimento a famílias de baixa renda, ao mesmo tempo em que usa sua força financeira para ofertar produtos em condições vantajosas em termos de taxas e de juros, disse o executivo.
Outras áreas
Segundo a reportagem, o plano de listagem do banco digital, amplia a agenda de IPOs da CAIXA, que foram adiados devido à volatilidade do mercado em razão da pandemia.
O primeiro da fila, o da Caixa Seguridade, ficará para fevereiro de 2021, uma vez que o banco preferiu agora esperar o início das operações de diversas joint ventures em seguros antes de fazer a estreia na bolsa.
“O mercado vai sempre querer descontar riscos de negócios e entendemos que faz muito mais sentido fazer o IPO em fevereiro, quando os negócios já estarão operacionais”, disse Guimarães.
O banco estatal trabalha em questões internas, comerciais e legais antes de tocar as demais ofertas de ações. A do braço de loterias, por exemplo, depende de autorização do governo, já que a empresa hoje tem o monopólio do setor.
Confira a íntegra do conteúdo no site Reuters