Presidente da CAIXA também anunciou que a empresa deve se desfazer do Banco Panamericano
O presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, disse que pretende vender a participação que a empresa tem no banco Panamericano, além de abrir o capital de algumas subsidiárias como os braços de seguro e cartões. A informação foi dada durante a divulgação do balanço da instituição, na terça (3).
Apesar de não confirmar uma data, Guimarães disse que a operação para a abertura do capital da área de seguridade é a que está mais avançada. Já no caso da CAIXA Cartões, ele disse que é preciso esperar a escolha de novos parceiros estratégicos.
O executivo explicou que, como a empresa de cartões faz parte da Caixa Participações, holding do banco, o processo é mais complexo. “Se vamos fazer seguridade no fim do ano, não tem sentido fazer cartões junto”, analisou.
Sobre o Banco Panamericano, ele afirmou que a instituição não se encaixa na estratégia da CAIXA, por isso, deve ser vendido.
“Nós vamos vender tudo o que não é estratégico, seja de uma maneira integral, seja parcial”, ressaltou.
Balanço
De acordo com o balanço do banco, a CAIXA teve lucro líquido de R$ 4,2 bi no segundo trimestre de 2019, rendimento 22% superior ao mesmo período do ano passado.
Contudo, a carteira de crédito do banco foi reduzida ao longo do último ano. O banco fechou junho com um saldo de R$ 682,4 bi em empréstimos, 1,9% menor do que o verificado no mesmo mês, em 2018. Conforme consta no levantamento, a retração foi puxada por uma diminuição de 7,9% no crédito comercial para pessoa física e 30,7% no concedido para empresas.
Ressalva
Em entrevista coletiva, Guimarães afirmou que o ponto mais importante do balanço foi a retirada da ressalva feita pelos auditores, que estava presente nas demonstrações de resultados desde 2016. Segundo ele, isso demonstra o esforço do banco em mudar sua governança e a importância da credibilidade, além de facilitar as negociações para abrir o capital das subsidiárias.
“É muito importante para que nós façamos uma abertura de capital em uma das novas subsidiárias. Com ressalva, muitos investidores estrangeiros poderiam não aderir”, disse o executivo.