Em entrevista, Pedro Guimarães enalteceu a empresa e falou sobre operações de privatização para áreas de cartões, seguros, assets e loterias – trazendo “base de funcionários para ser sócia”
Durante a cerimônia de posse do Presidente da República, na última terça-feira (1º), o nomeado para a chefia da CAIXA, Pedro Guimarães, concedeu entrevista sobre o futuro da estatal. Guimarães descartou a privatização do controle da empresa, embora confirme os indicativos da nova equipe de governo de abrir o capital de braços do banco.
“A CAIXA é gigantesca, tem uma série de questões muito importantes e tem uma determinação, e aí é uma questão inicial, do Presidente da República de não privatizar. Então a discussão de privatização do controle da CAIXA nem começa, porque é uma determinação do presidente e, obviamente, do ministro [da economia, Paulo Guedes] também”, afirmou.
O novo presidente da CAIXA ressaltou a importância da empresa, que possui “70% do crédito imobiliário no país e é o banco mais importante no ponto de vista de infraestrutura”, além de esclarecer quais as subsidiárias que deixarão de ser controladas unicamente pela estatal.
“A gente começa com quatro operações de abertura de capital: seguros, cartões, assets e loterias. São operações importantes. Elas aumentam a base de capital da CAIXA e trazem uma questão de governança muito forte”. Guimarães explica ainda que a intenção é valorizar esses setores e a cultura da empresa: “Nosso objetivo é trazer a própria base de funcionários para ser sócia dessas operações. Alinhar que tenham essa visão, e não tenho dúvida nenhuma que têm, e gerar mais crescimento ainda nesses segmentos”.
Na entrevista, o economista também afirmou que o banco irá ter como ponto principal “fortalecer ainda mais a parte imobiliária, a parte de microcrédito, o consignado. Ou seja, focar a CAIXA nessa base de clientes de menor renda e isso é um ponto decisivo pra gente”.