O banco é uma das instituições que mais pode ter prejuízos com a falência da holding
Após encontrar irregularidades técnicas no processo que pede a recuperação judicial do grupo Odebrecht, a CAIXA solicitou à 1ª Vara Cível de Recuperações e Falências de São Paulo a extinção da medida.
O pedido de recuperação judicial da holding Odebrecht S.A. é o maior feito no país até hoje, com dívidas no total de R$ 98,5 bilhões.
De acordo com a petição, protocolada na última segunda (23), o plano de recuperação da empresa não dispõe de informações suficientes para o pagamento dos credores.
Entre outros pontos, o documento questiona a inclusão de todas as empresas não operacionais do grupo Odebrecht na recuperação, enquanto as companhias operacionais, que geram receita, ficaram de fora.
No plano apresentado pela Odebrecht, empresas como a OEC (construção civil) e a parte mais lucrativa do grupo, a Braskem (petroquímica) não foram inclusas no processo.
Para a presidente da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal (Advocef), Anna Claudia de Vasconcellos, a Justiça deve avaliar, com cuidado, os pontos levantados na petição feita pela CAIXA.
“As cifras bilionárias podem render prejuízos de grande proporção, para a CAIXA, que é uma das principais credoras da empresa”, salientou.
A CAIXA está entre as principais credoras da Odebrecht e, por não ter participação acionária na Baskem, está mais exposta aos riscos de uma possível falência do grupo.
Em junho deste ano, a Odebrecht protocolou o pedido de recuperação judicial perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital do Estado de São Paulo sob o nº 1057756-77.2019.8.26.0100.