XXIII CONGRESSO DA ADVOCEF EM ALAGOAS
Com o Auditório lotado, a primeira palestra da tarde tratou do tema: Advocacia, Empresa Pública, Mercado Financeiro e Desenvolvimento Sustentável, ministrada pelo Doutor em Direito, Advogado, Mestre em Filosofia e Professor de Direito da UFRGS e PUC/RS, Juarez Freitas.
O palestrante começou falando sobre a qualificação dos advogados no Brasil e que estão no mercado de trabalho. E propôs uma reflexão: o que é possível fazer para nos diferenciar?
“Ou nós reinventamos a nossa profissão ou não há futuro e nós vamos cair numa coisa terrível chamada irrelevância,” afirmou o professor.
Juarez Freitas destacou ainda que 42% das atuais profissões não tem 20 anos de vida. E questionou: Como lidar com a regulação das tecnologias em matéria bancária? É o futuro da caixa.
Também esteve em debate o assunto: inovação. Juarez Freitas disse que não vê futuro para a advocacia clássica e no judiciário brasileiro.
“É que nós trabalhamos demais, trabalhamos mal e somos altamente improdutivos e é por isso que muitos contam os segundos para o PDV, para a aposentadoria. Quando deveriam ter prazer para o trabalho”, completou.
O palestrante também apontou os Smart Contracts como futuro dos contratos.
“Com ele, os custos, que hoje são altíssimos, desaparecem. As pessoas podem fazer ligação direta. Isso é risco para 5 anos”.
Sobre sustentabilidade: “O Brasil está fadado a ser a Liderança mundial de sustentabilidade e os advogados estatais tem que ajudar nesse processo”. Já sobre a Lei das estatais, o ponto positivo da lei, destacado pelo palestrante, foi que ela exige análise de custos diretos e indiretos, socioambientais e econômicos. “Quem não fizer, está na ilegalidade. Espalhem isso”.
O ponto negativo, segundo ele, é que a lei prevê contratação integrada, o que, para o palestrante, é “desintegradora”. “Temos que tomar cuidado com isso. Não afeta diretamente a Caixa, mas indiretamente”, concluiu.
Para o Advogado Fernando Abs, de Porto Alegre, a palestra foi enriquecedora:
“Eu gostei muito da palestra, achei muito interessante, educativa. O palestrante questiona conceitos que a gente usa diariamente e que demonstram que a gente tem que reavaliar. Por exemplo, a questão do advogado ser muito litigante, a gente tem que mudar isso para uma postura mais negociável. Ele também abordou a lei das estatais que é muito importante e inovadora, a qual, nós jurídicos temos que dar cumprimento a elas e somos fundamentais nessa atribuição”, afirmou o advogado e também Conselheiro da ADVOCEF.