Plano REG Replan Saldado ficou abaixo da meta atuarial. Para Fábio Rangel é necessário diversificar os investimentos
A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) divulgou os resultados do primeiro semestre de 2019, nesta sexta-feira (13). De acordo com os dados, três dos quatro planos da Fundação superaram a meta atuarial: o Novo Plano, o REB e o REG Replan Não Saldado.
Porém, o presidente da Comissão Funcef, da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal (Advocef), Fábio Rangel, alerta para a situação do Plano REG Replan Saldado, que ficou abaixo da meta e atingiu déficit de R$6 bi.
Segundo a Funcef, o principal motivo para a diferença foi a concentração de investimento em ações da Vale, por meio da Litel Participações S/A, com razoável queda no valor das ações negociadas na B3.
Na avaliação de Rangel, os indicadores apontam a necessidade de a Funcef adotar mudanças na política de investimentos para reverter esse quadro. Caso contrário, poderá terminar o ano de 2019 com mais um déficit, que seria a parte restante para compor a reserva financeira suficiente para honrar todos os benefícios previstos.
“Existem duas possibilidades: ou a Funcef adota mudanças na política de investimento e adere a aplicações com mais riscos, ou admite uma redução das despesas e custos operacionais juntamente com a redução da meta atuarial, por exemplo para 3,5%”, disse o presidente da Comissão.
Para Rangel, essas medidas podem ajudar a fazer com que o REG Replan Saldado deixe de apresentar déficit. “Não é fácil para um plano maduro como o Saldado atingir um resultado de 4,5% acima da correção inflacionária”, completou.
O presidente da Comissão Funcef defende a diversificação dos investimentos, com uma redução na participação da Litel, o que, na opinião dele, não é fácil de incrementar, para a Funcef não assumir prejuízos.
“Hoje a ação da Vale gira em torno de R$ 48. Se chegar ao final deste ano civil com preço superior a R$ 52, aí sim, acredito que o plano Saldado terá superávit”, concluiu.