Em entrevista ao Valor Econômico, Pedro Guimarães também falou sobre a venda do setor de seguros, prevista para ocorrer em outubro deste ano
O canal de atendimento digital da CAIXA ampliou o acesso de milhares de brasileiros aos benefícios emergenciais criados pelo governo federal durante a pandemia. A estimativa da empresa é que 120 milhões de pessoas utilizem o Caixa Tem para receber recursos, como o auxílio emergencial e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, o presidente da estatal, Pedro Guimarães, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, que planeja privatizar o banco digital.
“A gente criou o maior banco digital do mundo. O maior até agora era um banco indiano, com 116 milhões de contas digitais. A gente vai superar, com 120 milhões de clientes reais. Estou falando dos 65 milhões do auxílio, que devem virar 66 milhões, dos 5 milhões do Benefício Emergencial, aquele de manutenção de emprego, e dos 60 milhões do FGTS. Todos estão recebendo digitalmente”, disse.
Porém, antes disso, há uma série de ativos que a diretoria pretende se desfazer, começando pela Caixa Seguridade, cuja venda está prevista para ocorrer em outubro deste ano. Confira a seguir alguns trechos da entrevista:
Valor: Qual o racional de um IPO do banco digital?
Guimarães: Esse banco digital, como é uma operação da baixa renda, envolve muita tecnologia e faz sentido ter discussões com o mercado. É uma pessoa física, incluindo microcrédito, a parte de serviços à sociedade, como o auxílio, e a parte de saneamento. Pelo contrário. O banco digital, quanto mais eficiente for, mais eficiente será o microcrédito. Na nossa visão, estamos caminhando para operações que vão reforçar a governança e a eficiência da Caixa.
Valor: O plano de IPO da Caixa Seguridade foi retomado e há muita liquidez no mercado. Como está o cronograma de venda de ativos?
Guimarães: A Caixa Seguridade a gente já retomou. A venda de ações PN do Banco Pan é um estudo constante. Quando vai ser é uma outra discussão. Dos IPOs, temos outro três. Na Caixa Cartões, estamos no meio das discussões das joint ventures, que são muito importantes para avançar. A Caixa Loterias, essa sim está bem avançada, mas precisa de uma discussão anterior: se pode ou não fazer. O que hoje é claro é que a Caixa pode ter 100% da operação. A questão é: podemos ter só 70%? Ainda não temos a resposta.
Valor: Depende do quê?
Guimarães: Há uma discussão se a gente tem esse poder ou se precisaria de uma lei ou uma autorização. E tem o IPO da asset, que está avançando com a criação da empresa, da DTVM. Esse é um business fácil de fazer a operação. Todos os quatro são. Como a asset sempre foi o quarto, então realisticamente ela é lá para o meio do a
Valor: Para este ano, o que está mais factível são Seguridade e venda de ações do Pan?
Guimarães: Isso. As outras dependem mais de uma resposta efetiva. Caixa Loterias a gente poderia fazer neste ano, a questão é resolver uma coisa que não tem nada a ver cor com a Caixa. Já tem a empresa. Agora, depende muito se o mercado estiver forte, pode vir mais rápido com Cartões São duas operações excelentes e a gente está andando com boa velocidade.