Maria Carolina Ferraz e Renata Salazar apresentaram a inovação “Respostas automáticas do portal Dijur Consultivo”, que deve ser implementada até março.
A primeira edição do Inova Dijur, realizada no início de dezembro, em Brasília, deve implementar as três propostas vencedoras das duas categorias até março deste ano. Com o objetivo de incentivar o corpo jurídico a propor soluções tecnológicas para a CAIXA, a iniciativa deve trazer bons frutos para a empresa.
É o caso da proposta das advogadas Maria Carolina Ferraz e Renata Salazar, do Jurídico de Pernambuco, que apresentaram a inovação “Respostas automáticas do portal Dijur Consultivo” e foram premiadas em segundo lugar na categoria SISTEMAS.
“A inspiração foi na nossa rotina de trabalho. Estou no Consultivo desde 2009, quando entrei na CAIXA. A gente nota que uma consulta de baixa complexidade e que precisa de uniformidade no Brasil, com modelos pré definidos pelo gestor em razão da existência de súmula, por exemplo, pode demorar mais do que o que deveria para ter uma resposta”, explica Ferraz.
A associada da Advocef ressalta que a proposta busca trazer celeridade para demandas de baixa complexidade que chegam das unidades da Caixa, e que possuem modelos de respostas programadas. Segundo ela, a inovação permitirá “fazer uma triagem das demandas passíveis de receber uma resposta automática, como, por exemplo, as que envolvam um simples item do normativo ou súmulas”.
Também associada da entidade, a advogada Renata Salazar esclarece que a mudança não prejudicará a qualidade do serviço, pelo contrário, tende a conferir mais tempo de dedicação às demandas de alta complexidade.
“O que se vê são muitas demandas iguais, que entram na distribuição normal, demandando o apoio e os advogados. Com a automatização de determinadas respostas, será possível usar esses modelos já existentes no portal para aquelas consultas repetitivas e de pouca complexidade”, disse.
As advogadas explicam que a agência ou área que fez o questionamento poderá avaliar a resposta automática e pedir complemento, o que também será feito pela coordenadoria do Consultivo. “O objetivo é deixar o advogado livre para as demandas realmente complexas, que exigem dele maior tempo e aprofundamento, sem perder qualidade e celeridade”, completou Salazar.
Outros projetos
A premiação foi dividida em duas categorias: uma geral – abrangendo formas, rotinas e modelos de atuação – e outra voltada para a criação ou implementação de melhorias de sistemas/aplicativos. Mais de 550 propostas foram enviadas por cerca de 300 participantes do jurídico (entre empregados, estagiários e advogados) que puderam inscrever uma ou mais ideias em cada categoria.